Em 25 de novembro é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data tem como objetivo agradecer aos doadores pela ação e sensibilizar a população para a importância do ato, que pode salvar tantas vidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue regularmente. O índice fica abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e dos 5% registrados em países da Europa.
Importância da doação
A doação de sangue é um gesto solidário, que pode salvar vidas. Pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias precisam dos bancos de sangue. Pacientes com doenças crônicas graves, como Talassemia e Doença Falciforme, também dependem das doações.
A hematologista do Hospital DF Star e responsável técnica pelo Banco de Sangue do Grupo GHS, Sanny Lira, informa que ainda não existe substituto disponível para o sangue. “A gente sabe que a transfusão de sangue é um dos procedimentos mais realizados em todos os hospitais no mundo inteiro. Então nós precisamos sempre de doadores de sangue,porque através desse sangue nós conseguimos tratar e trazer esperança para todos os pacientes que dele precisam”.
Quem pode doar sangue?
A hematologista do hospital Sírio Libanês de Brasília, Martha Mariana, afirma que os requisitos básicos para a doação de sangue são: estar em boas condições de saúde, ou seja, não ter nenhuma doença ativa e ter entre 16 e 69 anos. É importante que apenas as pessoas com mais de 60 anos já tenham doado sangue alguma vez, pois não é permitido doar pela primeira vez após essa idade.
“Para menores de 18 anos, tem documentos especiais que são necessários e um formulário de autorização pelo responsável. A pessoa precisa pesar no mínimo 50kg para que a gente possa fazer a extração da quantidade de sangue que a gente precisa sem colocar esse doador em risco. Ele precisa estar descansado, é importante ter dormido pelo menos 6 a 8 horas nas últimas 24 horas. É importante que a pessoa que vai doar sangue não vá em jejum, que ela tenha se alimentado, porém evite alimentação gordurosa nas últimas 4 horas antes da doação e que leve um documento original com foto que permita a sua identificação, pode ser documento legalmente no Brasil”, completa.
Outras duas restrições para a doação são não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores e não fumar duas horas antes.
A assistente social responsável técnica pela captação de doadores de sangue do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Karla Savedra, orienta sobre pessoas que tiveram Covid-19 e estão em dúvida se podem doar.
“Quem teve covid, hoje o intervalo para poder realizar a doação de sangue é de 10 dias após o término dos sintomas apresentados na doença. E o intervalo para quem tomou a vacina é de sete dias para todos os fabricantes exceto a Coronavac, que o intervalo é de 48 horas para poder realizar a doação. Então se você apresentou os sintomas da doença 10 dias após pode fazer a doação e se você recebeu a vacina sete dias após”, informa.
Doação de sangue: mitos e verdades
Onde doar
Basta procurar as unidades de coleta de sangue, como os Hemocentros, para checar se você atende aos requisitos necessários.
Fonte(s): Brasil 61
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